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Do ponto de vista de turismo o Irão é provavelmente o país mais interessante do Oriente Médio. Uma viagem ao Irão é uma viagem fantástica através da história, da cultura, da arte e da arquitetura pré-islâmica e islâmica. No Irão há algumas das coisas mais belas da arquitetura e da arte islâmica. Mas o país tem sido também o berço de grandes impérios da antiguidade, que começa com o reino de Elam, os Cimérios, o Império Aquemênida, o Império Selêucida, o Império Parta, o Império Sassânida, os árabes e o Império Seljúcida. No Irão a história e os seus testemunhos estão espalhados não só nas grandes cidades, mas cada pequena aldeia tem um testemunho histórico, um edifício, um mausoléu ou uma torre, que marca uma época histórica particular.
O Irão é construído em torno de dois grandes desertos: Ao norte o maior deserto de Dasht-e Kavir com 77.600 km quadrados e mais ao sul o deserto mais pequeno de Dasht-e Loot com 51.800 km quadrados. Em torno destes dois desertos desenvolveram-se uma série de pequenas aldeias com uma beleza incrível. As cidades mais importantes encontram-se todas no planalto iraniano, uma formação geológica, que estende-se por mais de 2.000 km, cobrindo uma área de mais de três milhões e setecentos mil quilómetros quadrados e estendendo-se também nos territórios do Afeganistão e do Paquistão. O planalto contém dentro de si inúmeras cadeias de montanhas. Entre elas a montanha mais alta o Monte Damavand com 5.610 metros, um vulcão ainda ativo, localizado na cadeia de montanhas Elburz ou Alburz.
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Para viver neste ambiente hostil as populações locais têm encontrado soluções arquitectónicas engenhosas. Entre estas as mais interessantes são os “qanat”, antigos canais subterrâneos, que levam a água das montanhas para as aldeias à beira do deserto. Parece, que ainda permanecem em uso 37.000 deles no Irão inteiro. Estas estruturas estão presentes principalmente nas regiões em torno das cidades de Yazd e Kerman e na região de Khorasan. Onde passam esses canais ocasionalmente há cisternas cónicas, chamadas Yakhchal e antigos glaciares, onde é armazenado o gelo transportado das montanhas no inverno. Aqui as pessoas podem ir para recolher água para a aldeia. Ao lado destas estruturas encontram-se torres eólicas (badgir), cuja acção de ar quente e frio em conjunto com água e gelo permite o resfriamento do ar durante os verões quentes do Irão. Os “qanat” do Irão tornaram-se um Patrimônio Mundial da UNESCO em 2016.
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O Irão tem um enorme potencial turístico. As mesquitas, os banhos históricos (hammam), os palácios da nobreza comerciante persa são locais interessantes para visitar em cada cidade do Irão. Espectaculares são as cidadelas em tijolos de barro na beira do deserto. Entre as mais belas e melhor conhecidas existem as de Bam, destruída pelo terramoto de 2003, agora reconstruída, de Rayen e de Meybod. Os Jardins históricos persas em numerosas cidades do país, nove dos quais tornaram-se Património Mundial da UNESCO, são originados a partir dos jardins construídos na era aquemênida e foram projetados para simbolizar o Éden e os quatro elementos básicos da religião de Zoroastro: O céu , a terra, a água e as plantas. Os bazares do Irão são muito interessantes e são entre os mais autênticos do mundo islâmico. Entre os mais belos do país há os bazares de Tabriz, Shiraz, Kerman, Yazd, Teerã e Isfahan. A comida e a cozinha persa são um outro aspecto variado e interessante duma viagem ao Irão.
Um outro aspecto interessante do país são as pessoas que o habitam. Todos são muito amigáveis, sobretudo os jovens, especialmente aqueles, que estudam. A gente das pequenas aldeias são hospitaleiras e curiosas, pessoas que querem conhecer os estrangeiros e ter contato com o resto do mundo e têm o prazer de conversar com o estrangeiro. Entre os destinos turísticos mais visitados existem a cidade de Isfahan, considerada pelos seus edifícios renascentistas a Florença do Irão, Mashhad, um importante centro de peregrinação, e Shiraz, uma bela cidade a uma curta distância de carro de importantes sítios arqueológicos de Persepolis, Naqsh-e Rostam e Pasárgada. A capital Teerã é o principal ponto de acesso ao país, mas não tem atracções turísticas de grande importância com exceção dalguns museus e do Palácio Golestan. O turismo doméstico é muito desenvolvido e durante a sua viagem no Irão vai encontrar muitas famílias e grupos escolares locais, que visitam os lugares mais interessantes do país.
Texto português corrigido por Dietrich Köster.
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